Tal como no resto do Pais, milhares de trabalhadores participaram hoje no concelho de Ovar na Greve Geral convocada pela CGTP-IN. Apesar das tentativas para tentar limitar e condicionar a acção dos que se sentem atingidos pela politica de direita, a Greve Geral, pela sua amplitude e pelo seu impacto, representa uma poderosa afirmação de protesto e de exigência de uma outra politica.
No quadro da administração pública e autárquica, destaque-se um conjunto de serviços encerrados (segurança social, biblioteca e piscina municipal) ou reduzidos ao cumprimento dos serviços mínimos (Hospital de Ovar).
Ainda no quadro autárquico, registe-se uma adesão superior a 80% nos estaleiros da Câmara bem como nos serviços de limpeza e higiene urbana, e uma importante adesão de muitos trabalhadores do sector administrativo (com encerramento da tesouraria).
Ao nível da educação, a adesão média foi superior a 70% na totalidade dos graus de ensino em todo o concelho, com destaque para o encerramento da EB23 António Dias Simões (sede do Agrupamento Escolas de Ovar), da escola secundária Júlio Dinis, bem como de várias escolas básicas e jardins de infância.
Ao nível do sector privado, registaram-se igualmente significativas adesões em muitas empresas, com destaque para a Move-on (80%) e para Sika (50%), sem deixar de referir outras onde igualmente se verificaram importantes adesões, como a Provimi, a Sojagado, a Prisma ou ainda a Fopil.
Esta significativa adesão dos trabalhadores do concelho de Ovar, juntamente com os impressionantes números nacionais desta Greve Geral, confirmam a necessidade de uma ruptura com as actuais politicas de direita deste governo do Partido Socialista.
Confirmam igualmente que os trabalhadores portugueses e a população em geral está activa e mobilizada para continuar a luta. Uma luta que deverá prosseguir e intensificar-se - também no plano das opções eleitorais e partidárias - por forma a travar esta ofensiva do governo, em conjugação com o PSD, o presidente Cavaco e contando com várias outras cumplicidades, que só tem contribuído para agravar os problemas do país, deixando os trabalhadores e quase todos os portugueses cada vez com maiores dificuldades e pobres para assegurar o enriquecimento abjecto de meia dúzia de poderosos.
Neste sentido, a Greve Geral de hoje representa mais um passo na criação das condições necessárias para a ruptura patriótica e de esquerda que o Pais precisa e os trabalhadores clamam.
Ovar, 24 de Novembro de 2010
A Comissão Concelhia de Ovar do PCP