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Por razões que não foram ainda tornadas públicas, a população de Ovar assiste neste momento a um claro recuo do Governo face à decisão anunciada de encerrar a pediatria no final do mês passado e de tomar uma decisão definitiva relativamente ao Serviço de Urgência.

 

No primeiro caso (pediatria), contrariamente aquilo que tinha sido anunciado pelo Director do Hospital, o encerramento da urgência pediátrica e do respectivo serviço de internamento não ocorreu no passado dia 31 de Janeiro e continuarão abertos até pelo menos ao final do actual mês de Fevereiro.

Quanto ao segundo caso (urgências), segundo as palavras do ministro, a decisão política já não será em Fevereiro, tal como tinha sido anunciado, remetendo a implementação prática do plano nacional de reconversão das urgências hospitalares para um futuro mais ou menos incerto alegadamente por falta de verbas.

 

A este claro recuo do governo não serão certamente alheios dois factores fundamentais:

O primeiro teve a ver com a luta das populações que se desenvolveram um pouco por todo o país e particularmente em Ovar.

O segundo tem a ver com a actual sobrelotação do Hospital da Feira de onde chegam relatos absolutamente irreais com tempos de espera de 10 a 12 horas, numa altura em que ainda estão em funcionamento os serviços de urgência de Ovar, S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis.

 

No caso do internamento da Pediatria, o caso é ainda mais flagrante, na medida em que as camas disponíveis do Hospital da Feira estão neste momento totalmente ocupadas, não havendo por isso nenhumas condições de transferir aquelas crianças que estão neste momento internadas no Hospital de Ovar e que deveriam ter sido transferidas no passado dia 31. Mais: de acordo com informações do próprio Hospital, existem já casos recentes (da semana passada) de crianças que depois de tratadas na Feira foram internadas em Ovar, o que confirma com ainda maior veemência a relevância da valência pediátrica do Hospital de Ovar.

Posto isto, a Comissão Coordenadora de Ovar da CDU, para além de manifestar o seu apoio total à luta das populações em defesa do Hospital de Ovar, continua a acreditar na manutenção tanto da pediatria como do serviço de urgência.

 

Contudo e para que tal se torne realidade importa mais do que nunca continuar a luta e não embarcar nos discursos desmobilizadores do Governo que, apesar de ter adiado a decisão, não deixará de voltar à carga. Quanto aos dirigentes e activistas da CDU pode o povo confiar que os mesmos continuarão a tudo fazer em defesa do Serviço Nacional de Saúde em geral e do Hospital de Ovar em particular.