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Conforme anunciado, na sequência do processo de deslocalização parcial da Yazaki Saltano, envolvendo mais de três centenas de trabalhadores, Jorge Machado, deputado do PCP na Assembleia da República, esteve à porta da empresa em contacto com os trabalhadores a quem exprimiu, de viva voz e através da distribuição de um comunicado, a profunda solidariedade do PCP e a sua total disponibilidade para intervir na defesa dos seus direitos.

É longo, vasto e diversificado o património de intervenção do PCP a propósito da Yazaki Saltano. Importa recordar o último, de uma longa série de requerimentos, entregue na Assembleia da República em Agosto pelo deputado Bernardino Soares. Ainda nesta segunda-feira, a deputada Ilda Figueiredo, interveio no Parlamento Europeu sobre este caso.

 

Mais uma vez a partir de uma iniciativa do PCP, em Abril de 2005 uma delegação de trabalhadores da Yazaki foi recebida no Parlamento Europeu, a propósito de uma proposta legislativa pioneira, visando penalizar empresas que deslocalizassem a sua produção dentro do espaço europeu, beneficiando de fundos estruturais de forma totalmente ilegítima e à custa das dificuldades e do desemprego dos que ficam para trás. É justo afirmar que, se esta iniciativa tivesse sido aprovada, tudo seria hoje bem diferente...

 

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A situação actual representa, como PCP já afirmou recentemente, um verdadeiro crime contra os trabalhadores e contra a economia nacional. Dos oito mil trabalhadores, que a Yazaki chegou a empregar na década de 90, apenas restam 1600, apesar dos muitos milhões de apoios concedidos pelo Estado Português e pela União Europeia (*).

O Governo não teve, nem no passado e muito menos no presente, a firmeza que se impunha junto da empresa, que ganhou milhões com o suor dos trabalhadores portugueses, e que está agora de malas aviadas para o leste europeu.

Nas palavras de Jorge Machado, vale sempre a pena lutar, lutar por direitos, lutar por um futuro melhor, lutar por mudanças políticas favoráveis, num momento histórico particularmente difícil, em que o capital tem tido nos governos das últimas décadas, partidos - o PS, o PSD e o PP - completamente avassalados aos seus interesses.

 

Nestes anos tem sido fundamentalmente o PCP que, dentro das suas forças, tudo tem feito para defender os trabalhadores e para assegurar um rumo de desenvolvimento e de progresso para Portugal.

Infelizmente, não tem sido suficiente para o que se desejava. Por isso, é necessário um Partido Comunista Português mais forte, com mais activistas, com uma maior representação institucional, com maior apoio dos trabalhadores e do povo, incluindo o apoio eleitoral para que seja possível alterar o actual estado de coisas.




(*) neste link é possível ver apenas uma parte dos apoios na forma de uma resposta da Comissão Europeia a uma interpelação da deputada Ilda Figueiredo:
http://www.pcp.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=898&Itemid=197