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Intervenção Manuel Duarte Assembleia Freguesia 23ABR2015

Período Antes da Ordem do Dia

Assim como a árvore se distingue pelos frutos que dá, se são bons a árvore é boa, se são maus a árvore é má. O comportamento dos humanos, dirigentes, políticos ou, simplesmente homens, vê-se nas boas ou más práticas que executam, vindo isto a propósito para chamar a atenção para a plantação daquelas árvores que as empresas de electricidade e de comunicações plantam ao longo das nossas ruas e estradas, árvores sem folhas verdes mas com lianas negras, enroladas, penduradas, numa atitude selvagem.

Indaguei os técnicos que andavam a montar cabos de fibra óptica, se era desta vez que queriam acabar com tais práticas, sabido que a fibra óptica permite enviar num só cabo milhões de informações diferentes, ao que me respondeu que não, porque as diferentes empresas não se entendem, e como não se entendem quem paga é o ambiente.

Más práticas são, também, substituir os trabalhadores da Junta de Freguesia por desempregados ou empresas de trabalho precário, sem direitos e com maus vencimentos, tenta-se poupar uns míseros cêntimos e contribui-se fortemente para manter o desemprego e a miséria no País.

Adam Smith com os seus estudos económicos no século 18° chegou á conclusão de que a riqueza de um país não depende da poupança nem do ouro acumulado mas, da quantidade e qualidade da produção dos seus trabalhadores.

O preço justo e a distribuição da riqueza já foram bem defendidos por São Tomás de Aquino no séc. XIII, e nem vos falo de Karl Marx para não deixar dúvidas nem assustar ninguém.

Como não se entendem, quem paga é a sociedade.

Passar das más práticas para as boas práticas é um imperativo para salvar Portugal da miséria e da dependência, sendo que as boas práticas são o equilíbrio ecológico, a defesa do ambiente, a qualidade de vida, são o pagamento justo para distribuir a riqueza, é a reposição do Código do Trabalho na versão antiga, para criar estabilidade no trabalho e desenvolvimento no País, são a reposição dos salários cortados e devolução do que sacaram aos reformados, pôr um travão na ganância dos capitalistas, cumprir as promessas eleitorais e respeitar a palavra dada.

Trazer de novo o espírito do 25 de Abril e a esperança a este povo acabrunhado e endividado, pois só assim podemos gritar de novo:

- VIVA O 25 DE ABRIL PARA SEMPRE!