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Em consonância com os velhos/novos monopolistas, Luís Menezes disse hoje na Madeira, segundo nota da agência Lusa, que "Portugal precisa de uma nova Constituição".

 

Ora o que Portugal precisa é que se cumpra a Constituição da República Portuguesa, aprovada em 02/04/1976, e que proclama no seu preâmbulo: "A Assembleia Constituinte afirma a decisão do povo português de defender a independência nacional, de garantir os direitos fundamentais dos cidadãos, de estabelecer os princípios basilares da democracia, de assegurar o primado do Estado de Direito democrático e de abrir caminho para uma sociedade socialista, no respeito da vontade do povo português, tendo em vista a construção de um país mais livre, mais justo e mais fraterno." Na verdade o que tem que ser explicado nomeadamente aos jovens, é que, passados trinta e dois anos, Presidentes da República, Ministros e actores da política da direita (PSD/PS/CDS), que estão a arrastar o País para o desastre, mentem ao povo da forma mais desavergonhada. A Constituição preconiza a paz e a dissolução dos blocos militares [Nato]; eles cada vez envolvem mais o país em guerras do império USA e dos patrões da U.E..

 

A Constituição impõe a subordinação do poder económico ao poder político; eles privatizam e entregam os sectores estratégicos da economia ao Grande Capital nacional e estrangeiro. Direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores são espezinhados até dizer chega; saúde, educação e segurança social são vítimas de ataques e manobras que pretendem transformar em “negócio” estes direitos do homem. A Constituição no seu artigo 3º-1, afirma: “A soberania, una e indivisível, reside no povo, que a exerce segundo as formas previstas na Constituição.”

 

Se resistir é já vencer, saibamos usar todos os direitos que Constituição consagra na defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo na luta, que é difícil, mas indispensável, para construir um Portugal melhor, mais justo e com futuro.