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Noticia da Lusa, informa, que a Assembleia da Republica vai aprovar no próximo dia 23 de Abril, o Tratado de Lisboa.

Porque é que os tratantes da política de direita PS/PSD/ o CDS (nim), não querem que o povo português se pronuncie em referendo, sobre o Tratado mal amado de Lisboa? Basta ler a opinião de dois patrões dos cem mais ricos deste país [à custa da exploração de quem trabalha] para ver a quem serve este “frete” prestado ao grande capital indígena, e dos grandes da União Europeia.

 

 

Belmiro de Azevedo, diz mata: Um referendo ao tratado de Lisboa é «supérfluo» porque «já está tudo resolvido» e o problema de quebrar uma promessa eleitoral terá fácil resolução para José Sócrates: «vai encontrar as palavras certas para dizer isto à saída de uma reunião e no dia seguinte já ninguém se lembra».

 

Jorge Amorim, da Amorim Turismo diz esfola: «Não se justifica o referendo. Estamos em período de fazer coisas. O referendo é uma politização e mais um debate que não vai trazer nada de novo. Portugal tem manifestado total adesão às questões europeias, e iria atrasar o processo. O que interessa é a economia [lucro rápido] andar para a frente».

 

O Jornal de Negócios noticia: «O grupo FDO e a multinacional espanhola Acciona Águas "vão concorrer em conjunto à privatização do Grupo Águas de Portugal". Se a isto juntarmos os tubarões da saúde, do betão, da banca e das seguradoras, fica o ramalhete completo para desferir mais uns golpes na democracia de Abril.

 

 

É por estas e por outras que, como afirmou o camarada Bernardino Soares, na Assembleia da República, «Não é possível calar a voz da indignação perante o estado a que isto chegou». Por isso, é preciso «afirmar com determinação que isto não pode continuar»!

 

 

Num jornal regional da nossa praça, o novel deputado europeu do PS, Dr. Armando França, faz a sua aparição em grande estilo. Depois de, em “destaque”, dar notícia a um grupo de [estudantes, jornalistas, autarcas] a quem proporcionou uma “instrutiva” visita ao Parlamento Europeu, ficamos a saber, também quão “trabalhoso” é “o dia-a-dia de França.”

 

Entrando na “praça maior” do jornal, quando se pensava que propostas tem para ajudar a resolver problemas que afectam os trabalhadores e as populações do concelho e do distrito, Armando França sai-se a recomendar a leitura de um livro de Giddens que a Wikipedia informa, ter sido “assessor de Tony Blair” [foto dos Açores] “e adepto de uma tal terceira via da social democracia”.

O Sr. Deputado afirma concordar com o autor quando aquele escreve ”A queda do comunismo do leste europeu, e depois do soviético, afectou nitidamente o mundo inteiro, há muito tempo preso já na era bipolar.” Apologista de futuros alargamentos, elogia o “espaço de liberdade, democracia de justiça (…)” e conclui o seu artigo, com a convicção de que, para concretizar tal projecto, tem de haver “um mínimo de estabilidade política, de autoridade democrática e de paz”.

 

 

A realidade encarrega-se, infelizmente, de trocar as voltas ao optimismo do Dr. França. Todos os dias nos entram pela casa dentro mais desemprego na rica UE, falências, ricos cada vez mais ricos, imagens de guerras destruidoras [Afeganistão, Palestina, Iraque, África] congeminadas e levadas a cabo pelo império USA/NATO, com a conivência da U.E governada por liberais ou “socialistas” da primeira ou terceira via, na pilhagem dos recursos naturais dos povos. A esta paz e a esta democracia dizemos Não! Quanto à resolução de problemas concretos das pessoas, agricultura, pescas, trabalhadores, jovens, mulheres e reformados, resta-nos a luta [16 de Abril todos ao Porto] e o apoio dos deputados do PCP na Assembleia da Republica e no Parlamento Europeu.

 

Sobre o “fim do comunismo” também tenho uma recomendação de leitura a fazer: pesquisem o site, odiario.info. Lá encontrarão o texto: “O comunismo hoje e amanhã”, conferência de Álvaro Cunhal, pronunciada em Ponte da Barca a 21 de Maio de 1993! Quem sabe também o Dr. Armando França fica mais esclarecido?