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O dia 1 de Junho é, na linha dos inúmeros dias mundiais, o dia da criança. Não faltam, por isso, manifestações mais ou menos piedosas [umas sinceras outras nem tanto] a favor de medidas alegadamente em defesa das crianças e dos seus direitos.

Coincidiu este dia com uma gigantesca operação de propaganda da generalidade dos media, com particular destaque para as TV’s, a propósito da partida para a Suíça da selecção nacional de futebol. A certa altura da reportagem, uma das aficionadas do pontapé na bola inquirida pelo repórter apelou: “Scolari cuide bem dos nossos meninos”.

 

Ora acontece que aqueles meninos já não são “os homens que nunca foram meninos” dos Esteiros de Soeiro Pereira Gomes; nem são os 23% de crianças que se encontravam em situação de pobreza em Portugal, registados nos documentos da nossa Conferência Nacional de 24/25 de Novembro 2007. Eles são uns matulões, artistas da bola, com rendimentos milionários, que fazem parte dos interesses [económico/ financeiros] dominantes, designados por A. Melo de Carvalho como «o complexo clube-profissional-media(TV+jornais e revistas desportivas)-publicidade-empresas” e que serve às mil maravilhas a ideologia do neoliberalismo, promotor do individualismo e do salve-se quem puder.

Correndo o risco de ser mais um conservador dos que não acompanha as “viragens de página” do livro das políticas de direita levadas a cabo pelos modernaços do PS e ou PSD+CDS, fui ao livro/programa do PCP procurar que propostas há para as crianças e jovens do nosso País. Lá estão, entre outras medidas:

 

«O DIREITO dos jovens será assegurado (…) pelo cumprimento da escolaridade obrigatória e gratuita e pela igualdade de oportunidades de acesso aos diferentes níveis de ensino e ao sucesso escolar (…) e (…) pelo acesso ao emprego e à formação e promoção profissionais e o apoio ao prosseguimento e conclusão dos estudos quando já em actividade profissional (…).

«O DIREITO das crianças será assegurado entre ouros (…) pela assistência materno-infantil e o incremento de estruturas de apoio à criança e à família (…) e (...) por uma alimentação suficiente e adequada, cuidados de saúde, educação orientada para o sucesso escolar e educativo (…).»

 

São estas justas propostas que farão o seu caminho, se soubermos levar à prática um dos objectivos do XVIII Congresso que é o de: «Afirmar o Partido como força indispensável e insubstituível para uma nova política e uma alternativa para o País e identificar as linhas de acção susceptíveis de promover a necessária ruptura com a política de direita».

Estes são os nossos trabalhos por nós, por um Portugal mais justo, mais fraterno e com futuro, para bem dos NOSSOS MENINOS.