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O concelho de Ovar, no qual a expressão "política de habitação" não parece fazer parte do léxico da Câmara Municipal, tem sido invadido ao longo dos últimos anos por autênticas florestas  de prédios que nascem na periferia dos núcleos urbanos, com especial destaque para as cidades de Ovar e Esmoriz (vejam-se os casos do Furadouro e da Praia de Esmoriz). Para além do enorme prejuízo urbanístico com a descaractetrização completa dos aglomerados urbanos, sucede ainda que esta epidemia construtiva, que tão bem serve os interesses financeiros da Câmara, representa uma oferta inadequada às necessidades da população. O resultado está à vista: continuam a existir centenas de famílias a viver em condições desumanas (Bairro S. José, Lamarão, Alcapedrinha, Praias de Cortegaça e Esmoriz, etc.) apesar dos mais de 2200 fogos de habitação vagos existentes no Concelho de Ovar de acordo com os dados do INE.

 

Outro fenómeno ligado igualmente à completa desregulação do mercado imobiliário tem sido o surgimento de uma série de prédios inacabados em vários pontos do Concelho. Prédios estes que acabam em muitos casos por serem ocupados por uma população delinquente que aproveita estes refúgios para todo o tipo de actividades mais ou menos ilícitas. A situação mais grave prende-se actualmente com a urbanização abandonada junto à Av. D. Maria II, ao lado da antiga Sociedade de Padarias. Há já muitos meses que os vários prédios inacabados têm sido ocupados por marginais, motivando justas preocupações por parte da população. Marginais que fazem daqueles prédios a sua residência permanente e que têm vindo a retirar dos apartamentos todo o material susceptível de poder ser transaccionado, desde louças, canos e fios eléctricos.

Perante a ameaça de vermos surgir um autêntico getho de marginalidade numa zona semiabandonada da Cidade de Ovar, apesar desta ficar apenas e escassas centenas de metros do centro, a CDU, através do seu eleito, José Costa, na Assembleia Municipal de Ovar, já enviou um requerimento (clicar para ver) à Câmara alertando a mesma para esta situação e reclamando medidas.

 

Pode consultar o documento aqui.