Outras notícias

Há 95 anos, a 7 de novembro ( 25 de outubro pelo calendário Juliano)de 1917, com a Grande Revolução de Outubro na Rússia, a Humanidade entrou na Era da construção de uma organização social nova, de progresso social, a Era da transição do capitalismo para o socialismo.

Tem sido um processo com desenvolvimentos inesperados, caracterizado, simultaneamente, por grandes avanços civilizacionais, desvios, atrasos e derrotas.

Se os progressos beneficiaram muito a Humanidade, ao contrário, as derrotas têm tido um impacto muito negativo na vida dos povos, que fizeram essas revoluções e em todo o mundo.

A experiência demonstra que o domínio do capitalismo está a conduzir o mundo para a barbárie.

O que ocorre, neste momento, em Portugal, vítima da ofensiva brutal do poder do capital e dos seus diversos agentes, contra as condições de vida dos trabalhadores e de quase toda a população, é também uma prova disso mesmo.

O que reforça a necessidade da substituição do capitalismo por uma organização social superior - que será edificada por cada povo segundo as suas particularidades próprias - onde o ser humano, o seu bem estar e felicidade, seja o centro do funcionamento social, o socialismo.

Comício dos bolcheviques, em São Petersburgo, com Lenine, em 1917
Lenine discursa em São Petersburgo em 1917
As forças revolucionárias tomam o Palácio de Inverno, a sede do governo, São Petersburgo, 7 de Novembro de 1917.
As forças revolucionárias tomam o Palácio de Inverno, a sede do governo, São Petersburgo, 7 de Novembro de 1917.
1.ª Proclamação do Poder Revolucionário
Aos Cidadãos da Rússia!

O Governo Provisório foi deposto. O poder de Estado passou para as mãos do órgão do Soviete de deputados operários e soldados de Petrogrado — o Comité Militar Revolucionário —, que se encontra à frente do proletariado e da guarnição de Petrogrado.

A causa pela qual o povo lutou — a proposta imediata de uma paz democrática, a supressão da propriedade latifundiária da terra, o controlo operário sobre a produção, a criação de um Governo Soviético — esta causa está assegurada.

 

Viva a revolução dos operários, soldados e camponeses!

 

O Comité Militar Revolucionário

anexo ao Soviete de deputados operários

e soldados de Petrogrado

 

25 de Outubro de 1917, 10 da manhã.


Ovar é o 3.º concelho com maior desemprego no distrito de AveiroOs dados são do IEFP, que, como é sabido, subestimam sempre o desemprego e prestam-se a manipulações para diminuir estatisticamente o fenómeno.

Mesmo assim, não conseguem esconder totalmente a gravidade do drama.

Nem que Ovar é o 3.º concelho do distrito com o desemprego mais elevado.

Na realidade, o número de desempregados no município ultrapassa largamente o número de habitantes de algumas das suas freguesias.

Piquete de GreveTal como no resto do Pais, milhares de trabalhadores participaram hoje no concelho de Ovar na Greve Geral convocada pela CGTP-IN. Apesar das tentativas para tentar limitar e condicionar a acção dos que se sentem atingidos pela politica de direita, a Greve Geral, pela sua amplitude e pelo seu impacto, representa uma poderosa afirmação de protesto e de exigência de uma outra politica.

No quadro da administração pública e autárquica, destaque-se um conjunto de serviços encerrados (segurança social, biblioteca e piscina municipal) ou reduzidos ao cumprimento dos serviços mínimos (Hospital de Ovar).

Ainda no quadro autárquico, registe-se uma adesão superior a 80% nos estaleiros da Câmara bem como nos serviços de limpeza e higiene urbana, e uma importante adesão de muitos trabalhadores do sector administrativo (com encerramento da tesouraria).

Ao nível da educação, a adesão média foi superior a 70% na totalidade dos graus de ensino em todo o concelho, com destaque para o encerramento da EB23 António Dias Simões (sede do Agrupamento Escolas de Ovar), da escola secundária Júlio Dinis, bem como de  várias escolas básicas e jardins de infância.

Ao nível do sector privado, registaram-se igualmente significativas adesões em muitas empresas, com destaque para a Move-on (80%) e para Sika (50%), sem deixar de referir outras onde igualmente se verificaram importantes adesões, como a Provimi, a Sojagado, a Prisma ou ainda a Fopil.

Piquete de greveEsta significativa adesão dos trabalhadores do concelho de Ovar, juntamente com os impressionantes números nacionais desta Greve Geral, confirmam a necessidade de uma ruptura com as actuais politicas de direita deste governo do Partido Socialista.

Confirmam igualmente que os trabalhadores portugueses e a população em geral está activa e mobilizada para continuar a luta. Uma luta que deverá prosseguir e intensificar-se - também no plano das opções eleitorais e partidárias - por forma a travar esta ofensiva do governo, em conjugação com o PSD, o presidente Cavaco e contando com várias outras cumplicidades,  que só tem contribuído para agravar os problemas do país, deixando os trabalhadores  e quase todos os portugueses cada vez com maiores dificuldades e pobres para assegurar o  enriquecimento abjecto de meia dúzia de poderosos.

Neste sentido, a Greve Geral de hoje representa mais um passo na criação das condições necessárias para a ruptura patriótica e de esquerda que o Pais precisa e os trabalhadores clamam.

 

Ovar, 24 de Novembro de 2010

A Comissão Concelhia de Ovar do PCP

InvestvarNuma longa e penosa saga, durante a qual de desmantelou quase por completo aquele que foi o maior grupo no sector do calçado português, o governo, conivente desde o início com todos os ataques aos direitos mais fundamentais dos trabalhadores, prepara-se, impávido e sereno para assistir a mais um despedimento colectivo, desta vez da Investshoes (empresa detentora da antiga rede de lojas Aerosoles), ao mesmo tempo que se prepara a venda dos despojos da Move-on ao Grupo Tata.

Tendo em conta os contornos rocambolescos de toda esta trama, ao longo do qual o Estado acabou por gastar largas dezenas de milhões de euros, o Grupo Parlamentar do PCP entregou esta semana na Assembleia da República outro requerimento, onde são colocadas um conjunto de questões tão incómodas quanto pertinentes, demonstrando, mais uma vez, a dualidade do governo, tão lesto em despejar milhões para resolver os problemas do capital, a contrastar com a atitude hesitante e titubeante, para não dizer incompetente quanto se tratar de defender o aparelho produtivo e os trabalhadores em geral.

banner
Na rotunda de Estarreja, junto à entrada da A1. É preciso protestar!