Sinalética existente está totalmente degradada

Ao longo da sua intervenção política o PCP tem vindo a pronunciar-se sistematicamente sobre os problemas resultantes da erosão costeira no que toca a matérias ambientais, sociais e económicas. Neste quadro o PCP tem uma posição muito bem definida reivindicando uma solução sustentada por uma estratégia integrada e flexível a ponto de considerar o carácter multifactorial da dinâmica da erosão costeira, que incida preponderantemente nas causas por forma a diminuir os riscos para a população e o impacto ambiental. Por isso temos defendido a necessidade de preservar e repor, de forma sustentada, os areais das nossas praias, não esquecendo o papel insubstituível que a preservação do ecossistema dunar tem neste processo.

Mas não obstante o PCP ter uma visão ampla deste problema, não deixa de se debruçar sobre algumas questões pontuais mas pertinentes.

Após uma visita ao local para avaliação do estado da praia, é evidente a diminuição drástica de areal ao longo de toda a costa do Furadouro, o que cria novos problemas. A diminuição de areal com incidência gradual para Sul leva à deslocação dos banhistas para o areal a Norte do Furadouro, que passam a utilizar zonas não vigiadas, pondo em causa a sua segurança.

Atraso na construção de passadiços levou à utilização de saídas alternativas

Para além disso, e visto o acesso a esta zona da praia ser limitado, torna-se convidativo para os utentes caminharem pelo cordão dunar, o qual já apresenta focos de erosão pontual, existindo mesmo casos de ocupação de zonas dunares por banhistas que se vão tornando cada vez mais frequentes.

Acresce a deterioração evidente dos passadiços, com várias "brechas" que facilitam o acesso às dunas; o avançado estado de degradação da pouca sinalética de dissuasão de pisoteio do cordão dunar e a ausência de áreas delimitadas que impeçam a ocupação deste importante ecossistema.

Face a esta nova dinâmica de utilização da praia, o PCP realça a importância estender a ZAB – Zona de Apoio Balnear, i.e. zona vigiada – mais para Norte, nos termos do Decreto-Lei 118/2008, reforçando a protecção em caso de necessidade.

Realça também que, sendo o cordão dunar um bem essencial para a protecção da costa e um habitat com características particulares, é imperativa a aplicação de barreiras mais eficientes que impossibilitem o pisoteio; a manutenção dos passadiços degradados, corrigindo as suas falhas, bem como a criação de sinalética dissuasora chamativa e de sinalética informativa adequada.

Embora à data já se tenha dado início às obras de construção de novas extensões de passadiço, ainda na sua fase inicial, é relevante referir que pecam por tardias, num momento em que mais de metade da época balnear já foi cumprida. É necessária maior prontidão na detecção e resolução destes problemas, por parte da Câmara Municipal de Ovar e da APA – Agência Portuguesa do Ambiente. Para o PCP, a protecção tanto de banhistas como do meio ambiente é de importância inadiável, sendo que os recursos materiais devem ser utilizados em tempo útil… e não para "deitar ao mar".


Passadiços degradados e sem manutenção

Passadiços degradados e sem manutenção

Passadiços degradados e sem manutenção


Atraso na construção de passadiços levou à utilização de saídas alternativas

Atraso na construção de passadiços levou à utilização de saídas alternativas


Redução do areal levou à deslocação dos banhistas para Norte

Redução do areal levou à deslocação dos banhistas para Norte