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Em anos de actividade autárquica e, particularmente, com esta gestão do Partido Socialista, que já vai no quarto mandato, a Comissão Coordenadora de Ovar da CDU regista a regularidade com que dezenas e dezenas de críticas construtivas, sugestões e propostas apresentadas pelos seus eleitos têm sido completamente ignoradas, numa atitude que só pode ser classificada como de autista.

 

Na última Assembleia Municipal de Ovar a 27 de Setembro último, o representante da CDU, José Costa, entre várias questões, levantou a questão do Mercado Municipal de Ovar, sublinhando, inclusivamente, numa clara antevisão aos acontecimentos deste fim-de-semana, o risco de podermos vir a ter uma visita de entidades fiscalizadoras. No mesmo registo, José Sona, representante da CDU na Assembleia de Freguesia de Ovar, viria igualmente a levantar esta questão no respectivo órgão. Vale a pena recordar parte da nota de imprensa enviada aos órgãos de comunicação social a 28 de Setembro.

 

"Sendo este um mercado de significativa afluência e considerado, inclusive, como um dos melhores da região, quer pela qualidade e diversidade da oferta, quer pela afluência de público, seria de esperar outra atenção por parte da Câmara Municipal relativamente a esta valiosa infra-estrutura. Num tempo de elevados padrões de exigência em matéria de higiene e segurança, impõem-se, de facto, obras de valorização de todo o espaço para que sejam devidamente cumpridos todos os requisitos legais em vigor, sob pena de podermos vir a ter sérios problemas com as autoridades de segurança alimentar."

Para além de uma separação clara entre os diversos sectores de venda (alimentar e não alimentar, produtos de origem animal e vegetal etc.) com a sua devida sinalização, ou da criação de uma zona para instalação dos equipamentos complementares de apoio aos comerciantes (vestiário, armazém, depósitos, instalações de frio, recolha de vasilhame e lixo), a CDU entende que a primeira prioridade deveria passar pela renovação de todo o material de superfície (paredes, chão e bancas) dos sectores destinados à venda de produtos alimentares, de forma a permitir uma boa higienização dos locais. De acordo com a legislação, deverão ser utilizados para as superfícies materiais lisos, laváveis, resistentes à corrosão e não tóxicos."

 

Lamentavelmente, a Câmara não deu a importância devida à voz da CDU estando hoje à vista o resultado desta atitude. Por incúria, dezenas de vendedores que pagam mensalmente uma renda à Câmara para uso daquele local, estão em risco de poder ficar impedidos de trabalhar, com especial destaque para a venda do peixe e das hortaliças. Posto isto, e porque a hora é de limitar estragos o recuperar o tempo perdido, a Comissão Coordenadora de Ovar da CDU apela ao executivo municipal para a imperiosa necessidade de, em tempo útil, acatar com todas as recomendações da ASAE e realizar as obras necessárias ao funcionamento regular do mercado para bem de todos, produtores, vendedores e consumidores.