Reportagem Porto Canal - Vídeo

 Sorgal - Luta 2017-12-09

Depois da greve de Agosto de 2016 os trabalhadores uniram-se novamente em torno do sindicato do sector para exigir o descongelamento dos seus salários, que não têm aumentos justos há mais de 10 anos, sendo meramente nivelados pelo Salário Mínimo Nacional.

Assente nesta exigência, a produção da unidade fabril da Sorgal em Ovar esteve paralisada desde as 22h00 de quarta-feira, 6 de Dezembro até às 23h59, do dia seguinte, numa expressiva jornada de luta que contou com a adesão de 95% dos trabalhadores do sector produtivo, que chegaram a concentrar-se à porta da empresa. Estas acções foram decretadas em plenário convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentação do Norte (STIANOR).

O congelamento de salários é contraditório perante a boa saúde financeira da empresa e os vários sinais de vitalidade demonstrados pela sua actividade. Os trabalhadores referem que o sector labora de segunda a sexta-feira, 24 horas por dia, com frequentes acréscimos de horas extraordinárias.

Além das reivindicações objectivas desta acção de luta, os trabalhadores denunciam que a administração da Sorgal não compensa a saída de trabalhadores com novos postos de trabalho. Por outro lado, o STIANOR acrescenta que a Sorgal cria constantes obstáculos ao processo de negociação pelas justas reivindicações dos trabalhadores.

Perante esta realidade a Comissão Concelhia de Ovar do PCP, uma vez mais, manifesta a sua total solidariedade com esta luta dos trabalhadores, salientando que está nas suas mãos a única possibilidade de alcançar o necessário aumento salarial.

Para o PCP a valorização do trabalho e dos trabalhadores, dos seus direitos e dos seus salários, continua e continuará a ser uma questão essencial na sua intervenção.


A Comissão Concelhia de Ovar do PCP

Ovar, 9 de Dezembro de 2017