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A propósito da moção de censura apresentada ontem ao governo na Assembleia da República, o Partido Comunista Português tem estado por todo o país à porta das empresas em contacto com os trabalhadores num ampla campanha de esclarecimento sobre a actual situação social e política do País, designadamente sobre as razões que levam o PCP a censurar o governo. No quadro desta grande acção nacional, várias brigadas de militantes estiveram esta semana à saída de importantes empresas do concelho de Ovar (estaleiros da Câmara, Tovartex, Yazaki...) esclarecendo os trabalhadores e distribuindo um documento contendo as razões do protesto.

 

Após três anos de governo socialista, o país está mais desigual, mais injusto, mais dependente e menos democrático. Desemprego, precariedade, baixos salários e pensões, aumento dos preços, pobreza, encerramento de serviços públicos, ao mesmo tempo que vemos os grandes grupos económicos e financeiros a acumular lucros escandalosos são apenas algumas das razões que justificam a indignação do nosso povo e as razões de uma censura a um governo que, ao longo de três anos, rasgou as suas principais promessas eleitorais, beneficiando sistematicamente os mais poderosos em detrimento da generalidade do povo português, numa afronta constante à Constituição da República.

 

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A juntar às razões enunciadas, junta-se agora a proposta do PS para revisão do Código de Trabalho que representa uma autêntica declaração de guerra aos trabalhadores e levaria, caso fosse aprovada, a um retrocesso de décadas em termos de bem-estar social. Num autêntico frete ao patronato, o governo pretende facilitar os despedimentos, flexibilizar por completo o horário de trabalho sem qualquer compensação para o trabalhador, legalizar a precariedade, acabar com a contratação colectiva e limitar a liberdade e acção sindical. Mais uma forte razão para dizer “basta!”. Basta de exploração e basta deste governo! Com esta e outras acções desenvolvidas em unidade com todos os trabalhadores, a Comissão Concelhia de Ovar do PCP manifesta a sua firme e inabalável convicção de que é possível uma ruptura com esta política desastrosa, praticada hoje pelo PS. Uma ruptura que passa necessariamente pelo reforço do PCP dentro e fora das instituições.