Decorreu este Sábado a 9ª Assembleia da Organização Concelhia de Ovar do PCP com a participação de Carlos Gonçalves da Comissão Política do Partido e responsável pela DORAV, Direcção da Organização Regional de Aveiro do PCP. Como acontece de dois em dois anos, no quadro do funcionamento democrático normal do PCP, os militantes do concelho de Ovar reúnem para aprovar o projecto de Resolução Política e eleger uma nova Comissão Concelhia.
Inserida num momento revelador da crise sistémica do modo de produção capitalista, no qual por um lado, se define os seus limites históricos, e por outro, se clarifica o posicionamento de classe dos partidos políticos que dividem alternadamente a governação, esta 9ª Assembleia coloca de forma evidente a existência de um PCP mais forte e organizado como elemento central na necessidade objectiva de ruptura com estas politicas que levaram a economia mundial à recessão actual.
Durante a discussão do primeiro ponto, que ocupou grande parte da tarde, muitos forma os contributos para o enriquecimento da Resolução Politica que acabou por ser aprovada por unanimidade. Nesta resolução, é feito um balanço de toda a actividade dos últimos dois anos, e são traçados um conjunto de objectivos políticos e orgânicos para o próximo biénio. Sendo admissível alguma linha de continuidade relativamente à intervenção politica, já nas metas orgânicas, depois de uma reflexão onde são apontadas algumas insuficiência no trabalho desenvolvido nos últimos dois anos devido sobretudo às tarefas eleitorais, foi assumida uma forte determinação de dedicar particular atenção às medidas de reforço e organização do Partido, com particular destaque para a responsabilização de mais quadros e para as empresas e locais de trabalho.
No segundo ponto procedeu-se à eleição da nova comissão concelhia, composta por 29 camaradas. Destaque-se a presença de todas as freguesias e de todos os sectores sociais relevantes. Na nova concelhia, entram 5 novos membros e saem 4, num processo gradual de renovação de quadros, e numa linha estrita de continuidade e unidade do Partido. A idade média é de 48 anos. Fazem parte 8 mulheres. Quanto à composição social, temos 14 operários, 5 empregados 5 intelectuais e quadros técnicos, 3 estudantes, 1 agricultores e 1 pescadores. Tal como a resolução política, a Comissão Concelhia foi eleita por unanimidade.
No encerramento dos trabalhos, Carlos Gonçalves, na sua intervenção, esboçou um quadro geral da actual crise económica e financeira, focando com especial precisão as suas raízes e também as actuais propostas do governo para a sua superação, ambas filhas do mesmo pai: o grande capital e os seus partidos de classe. Ou seja mais do mesmo: congelamento dos salários, perda de direitos, recuo do Estado Social e privatizações em massa. Com mais ou menos encenações é clara a existência de uma vasta coligação da politica de direita que reúne PS, PSD e CDS, e do qual emanam as mesmas politicas de defesa do sistema de dominação do capital sobre o trabalho. Politicas que nos são servidas hoje quer no orçamento de Estado quer do PEC, Programa de Estabilidade e Crescimento. Um PEC que o PCP já classificou de Programa de Instabilidade e Retrocesso e que terá que ser combatido na rua, através na luta de massas onde os comunistas deverão estar como sempre o estiveram na linha da frente.
Manifestando satisfação por esta Assembleia que revela um Partido forte, coeso e determinado, Carlos Gonçalves exortou todo o colectivo a prosseguir a luta, trabalhando para a concretização de todos os objectivos fixados, reforçando a organização, e intervindo cada vez mais e melhor. Desta forma se ajuda a construir o socialismo, o futuro da humanidade.
Pode descarregar o documento com a Resolução Política e eleição da Comissão Concelhia aqui.