Não à privatização dos CTT

Os CTT, Correios de Portugal, é uma empresa que faz falta ao país. Presta serviços de utilidade pública. Embora não seja uma empresa financeira, movimenta anualmente verbas avultadíssimas. Possui a maior rede de balcões comerciais do País. Em 2008, possuía activos na ordem dos 1300 milhões de euros e teve um volume de negócios de 844,7 milhões de euros e lucros de 46,5 milhões de euros. Emprega cerca de 16 mil trabalhadores.

 

Militantes do PCP à porta dos CTTDepois de o ter sempre negado, o governo PS anunciou recentemente a intenção de privatizar um conjunto de 17 empresas estratégicas do Estado, entre as quais os CTT. A privatização dos CTT, uma empresa que sempre foi pública, é um crime contra a economia nacional, um atentado aos direitos das populações, uma afronta a um país de progresso.

Os Correios de Portugal são do Povo Português. Neste sentido, o PCP desenvolveu ao longo dos últimos dias uma campanha nacional denunciando mais este crime social e económico. Por todo o país, e particularmente em Ovar, nas estações das ruas Alexandre Herculano e Gomes Freire, centenas de activistas estiveram nos balcões dos CTT em contacto com os trabalhadores e utentes, entregando um folheto, esclarecendo e mobilizando.

 

Este caminho não é inevitável. Este caminho, e este PEC, Programa de Estabilidade e Crescimento, foi o caminho deliberadamente escolhido pelo governo PS, numa clara opção de classe a favor do poder económico. Existem outras alternativas. O PCP reclama-se portador desta alternativa. Uma alternativa de esquerda, ao serviço do desenvolvimento do país e da melhoria das condições de vida dos trabalhadores. Neste sentido o PCP propõe ao país um outro rumo de ruptura com esta política, com maior justiça fiscal e com uma mais justa repartição do rendimento nacional. O PCP reclama a absoluta necessidade do Estado voltar a ter sob seu controle alavancas fundamentais para promover verdadeiras políticas de desenvolvimento. Por isso o PCP reclama o fim imediato das privatizações e o reforço do sector empresarial do Estado, designadamente em sectores chaves como sejam os sectores financeiro, energético ou dos transportes.