No quadro das acções de contacto regulares com diversas instituições do concelho, uma delegação do PCP, incluindo os eleitos Manuel Duarte e Miguel Viegas, esteve reunida esta semana com a direcção da Habitovar.
Após uma visita às diversas valências do centro social, através foi possível avaliar a importância deste equipamento que presta um serviço inestimável a perto de centena e meia de utentes de todas as idades (desde o berçário até ao centro de dia), empregando cerca de duas dezenas de funcionários, decorreu uma reunião de trabalho visando a habitual troca de informações sobre os aspectos diversos relacionados com aquela que é muito justamente considerada como umas das principais instituições do concelho.
Este centro social, com as suas valências, inaugurado em Setembro de 2010, representa um importante e novo desafio, mas que trouxe também novas dificuldades. Dificuldades que crescem diariamente num quadro profundamente recessivo onde, apesar da necessidade crescente de respostas sociais, o governo restringe de forma criminosa os meios para concretizar estas respostas, usando para isso todos os subterfúgios possíveis. Por motivos alheios à direcção da Habitovar, a assinatura do protocolo de financiamento do centro social pela Segurança Social, que deveria ter sido assinado em Setembro 2010, data de início do seu funcionamento, foi adiada para início de 2011. Chegada a data de assinatura, foi com enorme espanto e indignação que os directores da Habitovar constataram que o protocolo apenas iniciava a sua vigência a 1 de Janeiro, ignorando por completo o período de Setembro a Dezembro do ano anterior e lesando assim a Cooperativa em largas dezenas de milhares de euros. Sobre este escândalo, o PCP comprometeu-se a levantar esta questão na Assembleia da República, questionando a tutela através de um requerimento parlamentar.
Outra assunto que foi debatido prende-se com as áreas verdes da Habitovar, cuja manutenção está a cargo da Câmara há já mais de 6 anos, e particularmente com o abate indiscriminado de árvores levado a cabo pelos serviços camarários. Conforme foi denunciado pelo PCP na Assembleia Municipal, este atentado ambiental que contraria qualquer lógica de desenvolvimento sustentável, foi perpetrado à revelia da direcção da Habitovar e contra o interesse público dos moradores e da cidade em geral. Esta situação é tanto mais escandalosa porquanto é notório o estado de abandono das áreas verdes da Habitovar. De forma criminosa e por total inoperância, a Câmara, que herdou uma ampla área verde devidamente equipado com vários furos e uma completa e eficiente rede de aspersores, não foi capaz de assumir as suas responsabilidades, contribuindo assim para a degradação de um importante equipamento que deixou há muito de estar funcional. Desta forma, em vez de cumprir com as suas obrigações relativas à manutenção de uma importante área verde da cidade, a Câmara faz o inverso, abatendo dezenas de árvores e desertificando recantos que eram até aqui autênticos oásis de sombra e sossego.
O PCP já por diversas vezes interveio sobre o assunto. E tal como se comprometeu junto da direcção da Habitovar, continuará a reclamar a replantação de igual ou superior número de árvores, exigindo ao mesmo tempo medidas concretas no que toca a recuperação de todas as áreas verdes incluindo naturalmente o sistema de rega sem o qual nenhuma acções deste tipo poderá ser consequente.