PCP comemora 91º aniversário

No âmbito das comemorações que têm acontecido por todo o país, também em Ovar se comemoraram, no passado sábado, os 91 anos do Partido Comunista Português. No ambiente fraterno que é habitual, e apesar dos tempos difíceis que correm, dezenas de militantes, amigos e simpatizantes do partido estiveram presentes no jantar-convívio que teve lugar no Centro de Trabalho.

 

Bolo de aniversárioA iniciativa contou com a presença de Joaquim Almeida, membro do Comité Central do PCP e reconhecido dirigente sindical, que fez uma curta mas intensa intervenção sobre as origens e história do Partido Comunista Português. Nascido não por qualquer acaso mas de uma necessidade histórica de superação do capitalismo pelas classes trabalhadoras, as origens do PCP forjam-se na combatividade da classe operária portuguesa, sendo disso exemplo o facto de que a reunião fundadora tenha tido lugar na sede de um sindicato. De facto, o PCP surgiu não de um cisão de um partido socialista, mas da ultrapassagem das insuficiências do anarco-sindicalismo pela nova organização leninista que, anos antes, havia conduzido a vitoriosa Revolução de Outubro. Sem nunca abandonar o seu carácter marxista-leninista, sucessivas gerações de militantes comunistas têm pela frente 91 anos de luta intensa e organizada, antes, durante e após o fascismo, anos de resistência e combatividade, aliados a uma estreita e constante ligação ao povo português.

 

Num momento em que a ofensiva capitalista impõe os maiores retrocessos civilizacionais desde o 25 de Abril, o dirigente comunista deu um destaque especial à necessidade imperativa de reforçar a intensificar a luta, cujo próximo passo será o êxito da Greve Geral convocada pela CGTP para o próximo dia 22/Março. Assim, a participação de todo o colectivo comunista não se resume à adesão à greve, mas também na sua preparação, divulgação e agitação nos locais de trabalho. É imperativo derrotar o "Pacote de Exploração" do PSD/CDS que visa espoliar ainda mais os trabalhadores ao permitir, entre outros ataques, mais trabalho gratuito, menos valor nas horas extraordinárias, desregulamentação de horários, transferências compulsivas, despedimentos fáceis e baratos, destruição da contratação colectiva. Mas esta greve é também contra a política mais vasta decorrente do Pacto de Agressão, que corrói o país com mais privatizações e benesses para o capital, impondo ao mesmo tempo políticas recessivas e de redução salarial. Aumenta, a cada dia que passa, a urgência e necessidade de lutar por uma nova política para o país que sirva, não os interesses do capital, mas dos trabalhadores e do povo português. O PCP, hoje e sempre, estará na vanguarda dessa luta.

 

Por último - e fazendo a ressalva de não se tratar de mentira de 1 de Abril - foi feito um apelo à participação no comício com Jerónimo de Sousa, no próximo dia 1 de Abril, na Junta de Freguesia de Espinho.

 

Antes de ser servido o bolo alusivo ao 91º aniversário, cantou-se, como já vem sendo tradição, os parabéns ao som da melodia d' "A Internacional", terminando o jantar num grande ambiente de motivação e confiança.

 

PCP comemora 91º aniversário

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