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Numa prova de que para a YAZAKI vale tudo, a empresa manteve dois representantes – um dirigente e uma delegada sindical – sem trabalho, nem salário, a cumprir o seu horário numa sala da fábrica em Ovar.

Agora, e após lhes ter instaurado um processo disciplinar, decidiu para duas situações exactamente iguais aplicar sanções disciplinares completamente diferentes. À Sara Leite decidiu despedi-la invocando justa causa; ao Benjamim decidiu suspende-lo um mês sem vencimento. Neste triste episódio há, pelo menos duas situações caricatas.

 

1 – A empresa invoca que eles tinham sido transferidos, pelo que estariam a faltar ao trabalho, apesar de estarem na fábrica a cumprir o horário.
Então, porque é que nunca lhes barraram a entrada?

2 – As duas situações são, em tudo idênticas e até a Inspecção de Trabalho deu razão aos dois trabalhadores e ao seu Sindicato, com os mesmos argumentos.
Porque é que a empresa tratou os dois de forma diferenciada?

 

A Célula da YAZAKI do PCP, mais uma vez afirma que o que está aqui em causa é um ataque ao movimento sindical, à sua estrutura e capacidade de intervenção. A empresa sabe que sem uma estrutura sindical forte os trabalhadores estarão mais desprotegidos, sendo mais fácil aumentar os níveis de exploração, muitas vezes para além do legalmente permitido.

Pese embora reconhecer que a Inspecção do Trabalho cumpriu nesta situação o seu papel de defesa dos trabalhadores, a célula do PCP não pode deixar de assinalar que este ataque contra o Movimento Sindical unitário se insere (e por isso tem o apoio objectivo do Governo) num quadro mais vasto da ofensiva contra os direitos de quem trabalha, que tem no Código do Trabalho uma das suas mais importantes peças, que o Governo do PS insiste em manter praticamente intocado, apesar das promessas eleitorais.

 

Apelamos por isso à Unidade e Solidariedade dos trabalhadores da Yazaki!

A luta continua!