A X Assembleia da Organização do Concelho de Ovar do PCP reuniu no sábado, dia 13 de outubro de 2012, para proceder ao balanço do trabalho realizado desde a IX Assembleia, realizada há dois anos e meio, aprovar o plano de ação para os próximos dois, três anos e eleger a nova Comissão Concelhia de Ovar do PCP.
A Assembleia, que reuniu várias dezenas de militantes, manifestou a sua satisfação pelo intenso e diversificado trabalho desenvolvido pelos comunistas de Ovar, num intento sincero e desinteressado de dar voz aos anseios dos trabalhadores e das mais largas camadas da população do Concelho.
Um realce particular foi dado à meritória ação dos eleitos comunistas na Assembleia Municipal e na Assembleia de Freguesia de Ovar, com intervenções em todas as reuniões – o que nem todos fazem – colocando e exigindo nesses órgãos respostas para os problemas dos habitantes.
No domínio das debilidades detetadas, salientou-se a atenção insuficiente concedida às preocupações dos comerciantes, pequenos e médios empresários, o que se irá procurar corrigir.
As questões relacionadas com a saúde mereceram um vivo debate. É evidente a necessidade de reforçar todas as unidades de saúde no concelho - algumas freguesias estão sem qualquer médico há meses – incluindo o hospital Dr. Francisco Zagalo, que deve voltar a dispor de um serviço de urgência básica, pelo menos. Com uma população em rápido envelhecimento, esse serviço pode significar a diferença entre a vida e a morte para várias pessoas.
No âmbito mais geral, a Assembleia considerou que os problemas do concelho radicam nas políticas que têm sido impostas pelos diferentes governos das três forças políticas que têm tido o exclusivo de governar – o PSD, o PS e o CDS-PP – que conduziram à crise económica, com o desemprego, a desindustrialização, o abandono da agricultura, da pecuária, da produção de leite, das pescas, o encerramento de comércios e de serviços, como é particularmente notório nesta década, a primeira do século XXI.
Políticas que são profundamente desumanas, que não se interessam, nem ajudam as pessoas. Pelo contrário, destroem as suas condições de vida, esperança e futuro; tudo sacrificando à insaciável gula egoísta de alguns.
A X Assembleia Concelhia de Ovar do PCP considerou, por isso, que a resolução dos problemas do concelho (e do país) exige a inversão completa do rumo ora seguido, sendo premente a aposta na dinamização da economia, na criação de emprego, na justa repartição dos rendimentos, na justiça fiscal, na reindustrialização, na reanimação da agricultura, da pecuária, das pescas, do comércio e dos serviços.
O PCP, salientou a Assembleia, é o Partido que melhor equaciona e responde à crise, provocada pela instabilidade, desumanidade e contradições insanáveis do capitalismo, porque dispõe de uma teoria para o estudo e compreensão da sociedade – o marxismo-leninismo – teoria sempre viva e em permanente enriquecimento, cuja qualidade e superioridade, perante as outras, para explicar a realidade e apontar as soluções adequadas é comprovada pela experiência da vida.
No plano orgânico, a Assembleia aprovou as medidas necessárias para o reforço da organização e da ação do Partido - nas empresas, nos locais de trabalho, nas instituições, nas freguesias, junto dos diferentes setores população - para o recrutamento e organização de novos membros e apelou a todos os militantes para o seu empenho na ação partidária e na luta popular.
A Assembleia procedeu ainda à eleição da nova Comissão Concelhia de Ovar do PCP, composta por 25 elementos, com uma maioria de operários e trabalhadores dos serviços e intelectuais. Vários dos novos membros são jovens com menos de 30 anos; do total 36% dos membros da Concelhia têm menos de 35 anos, o que comprova a crescente atração do PCP e do projeto comunista na sociedade em geral e na juventude, em particular.
A encerrar os trabalhos, interveio o camarada Alexandre Araújo, membro do Secretariado do Comité Central do PCP, que se pronunciou sobre a situação política do país, marcada, por um lado, pela violenta e sinistra agressão à grande maioria dos portugueses, aos trabalhadores, aos reformados e pensionistas, aos comerciantes, aos pequenos e médios empresários, aos estudantes, a todas as classes e camadas sociais não monopolistas, por parte do governo do PSD/CDS-PP - que atua às ordens e em benefício do estrangeiro, da TROIKA (FMI, UE, BCE), na base do memorando, que foi assinado igualmente pelo PS – de que a proposta de Orçamento de Estado para 2013 é uma escandalosa e revoltante expressão!
Pelo outro, pela exaltante resistência e mobilização dos trabalhadores, de vários outros setores sociais, alguns dos quais estão em luta pela primeira vez, luta que é necessário continuar e que deverá ter um momento particularmente alto na Greve Geral, convocada pela CGTP-IN para 14 de novembro próximo.
O camarada Alexandre Araújo encerrou a sua intervenção chamando a atenção para o interesse dos trabalhadores, jovens e portugueses em geral no reforço do PCP, no plano orgânico, na intervenção e influência social e eleitoral.
Salientou a importância do envolvimento da Organização na preparação da 3ª e última fase do XIX Congresso do PCP, que os militantes do Partido tem ao seu dispor os projetos de documentos (Teses e Alterações ao Programa do Partido), que são necessários submeter à reflexão e discussão nas reuniões do Partido, para que todos os militantes possam contribuir coletiva ou individualmente com propostas ou sugestões.
Concluiu com o apelo para que cada vez mais homens e mulheres adiram ao PCP, façam deste o seu partido de eleição para o bem e futuro de todos e do país.
16 de outubro de 2013
A comissão Concelhia de Ovar do PCP