Maceda precisa de mais e melhores cuidados de saúde

Brasão de Maceda

Os comunistas das freguesias de Maceda e de Arada celebraram uma reunião conjunta para análise da situação política, no dia 11 de novembro.

Ao nível local, na freguesia de Maceda, os comunistas chamam a atenção para as gritantes carências ao nível dos cuidados de saúde, com apenas um médico a atender na Unidade de Saúde Familiar da freguesia, o que é manifestamente insuficiente para responder às necessidades de uma localidade com mais de 3500 habitantes, em que 16 em cada 100 tem 65 ou mais anos.

Essa incapacidade de resposta está a forçar muitos macedenses a recorrer às consultas abertas, aumentando o tempo e as incertezas com o cuidadado da sua saúde.

A Organização de PCP de Maceda exige, por isso, que as autoridades competentes, incluindo o ministério da Saúde do governo do PSD/CDS-PP, que é o responsável máximo, tomem as medidas necessárias para dotar a Unidade de Saúde Familiar de Maceda com mais um médico, pelo menos.

Concomitantemente, o PCP dirige-se a todos os macedenses para que tomem nas suas mãos esta questão. É o povo que deve agir para resolver os seus problemas e fazer respeitar o seu direito à saúde, que está constitucionalmente consagrado. O número 1 do artigo 64 da Constituição da República Portuguesa, a lei superior do país, é perentório: “Todos têm direito à proteção da saúde e o dever de o defender e promover.”

Consequentemente, o PCP reforça o seu apelo aos populares para que tomem as iniciativas necessárias à manifestação da sua indignação, protesto e exigência de respeito pelos seus direitos.

Em regra, quem o faz é ouvido. Quem fica calado é ignorado.

De uma forma geral, Maceda tem de fazer valer o seu direito ao desenvolvimento e bem-estar, pois só desse modo poderá inverter o rumo de recuo da primeira década do século XXI, em que perdeu população face a 2001, de acordo com os censos de 2011 do INE. E têm de ser os macedenses a fazer isso.

A Freguesia de Arada não pode ser extinta

Brasão de Arada

Relativamente a Arada, os comunistas manifestam o seu repúdio pela intenção do governo de extinguir a freguesia – como revelou por intermédio da UTRAT – num absoluto e acintoso desrespeito pelo sentimento dos aradenses, muito bem expresso no “Abaixo-assinado contra a extinção da freguesia de Arada” e na deliberação por unanimidade da Assembleia de Freguesia.

O PCP não pode deixar de frisar a necessidade de uma maior ponderação de cada um na altura do voto, mas certamente que não foi para lhe liquidar a freguesia que muitos aradenses votaram no PSD e no CDS-PP nas eleições legislativas de 2011 e nas autárquicas de 2009.

Os comunistas de Arada apelam à população para que se oponha ativamente à intenção do governo, que só poderá concretizar-se se o PSD e o CDS-PP apresentarem e votarem na Assembleia da República a lei necessária, pois só os deputados podem extinguir ou criar autarquias.

O que Arada precisa é de desenvolvimento e mais competências e meios para a sua autarquia, que permita responder aos anseios dos filhos da terra, da sua população - a segunda mais jovem do concelho, depois de Esmoriz - de forma a deter a hemorragia no número de habitantes, por agora ainda ligeira, que se verificou na primeira década do presente século, segundo os dados dos censos de 2011, do INE, que indicam uma diminuição da população relativamente a 2001.

Esta evolução desfavorável, correria o risco de se agravar se a liquidação da freguesia se concretizasse, pois tal medida não conduziria ao reforço da coesão territorial e social, antes pelo contrário, provocaria o desinteresse pelo progresso da terra de S. Martinho de Arada, acentuando o seu abandono, acelerando a fuga da população, condenando, em suma, Arada ao empobrecimento, à progressiva desertificação e definhamento.

Arada já o é desde o século XII. E pela ação firme e determinada dos aradenses o será por muito tempo mais.

logotipo do PCP de Ovar

A população de Maceda e de Arada pode contar com o PCP para defender e estar ao seu lado na defesa dos seus interesses. O PCP fará o que estiver ao seu alcance para atender as legítimas aspirações populares. Por isso, o reforço do PCP - seja com o apoio nas eleições e não só, seja pela adesão e militância no Partido – é vital para os interesses dos trabalhadores, dos jovens, dos pensionistas, das mulheres, dos democratas, dos intelectuais, dos pequenos e médios empresários, da população em geral. Reforçar o PCP é a melhor forma de defender o presente e o futuro promissor de cada um.

 

12.11.012

A Comissão conjunta das freguesias de Maceda e Arada do PCP