Manuel DuarteIniciou-se, este mês, mais uma época balnear. É um acontecimento muito importante. É a abertura das portas da sala de visitas e, por ela, entram muitos visitantes e alguma receita, valores que não podem ser menosprezados.

Deveria merecer muito maior atenção do que a que tem por parte dos responsáveis pela gestão da coisa pública.

Apesar dos alertas feitos junto da Câmara pelos concessionários da praia e de todas as promessas que foram feitas no passado, o arranque da época fez-se sem ser regularizado o areal.

Foram dadas desculpas esfarrapadas como “estamos a fazer um concurso junto das empresas”, que não convenceram ninguém. Todos sabem - veja-se Espinho, Torreira e, esta ano, Cortegaça - que o Regimento de Engenharia de Paramos se disponibiliza a fazer estes serviços, desde que requisitados em fevereiro ou março. Não pode ser depois. O serviço é programado para dar treino às tropas, depois desses meses não é possível fazê-lo.

Não sabemos porque o Furadouro ainda mantém a Bandeira Azul. As acessibilidades à praia são fundamentais para manter o galardão. Sem regularização das areias não há acessibilidades para sãos quanto mais para deficientes.

Há um velho provérbio popular que diz: “Quem mexe no lume arrisca queimar os dedos.”

O mal do Furadouro não fica só por aqui. Diz o povo que um mal nunca vem só.

Mercado do Furadouro ao abandonoO

Furadouro tem ao abandono equipamentos que custaram milhares ao erário público.

Reparem no Mercado. Apenas um talho e os serviços dos Correios, responsabilidade da Junta de Freguesia, estão em funcionamento. O resto é abandono, ervas daninhas e lixo.

Não há forma de o vereador responsável encontrar meios para lhe dar vida.

Vou deixar-lhes aqui uma sugestão: Entreguem os espaços do Mercado às coletividades, pelo custo da manutenção, que elas com artesanato e gastronomia, darão vida nova ao Mercado do Furadouro.

Infelizmente, temos mais outro caso. Há obras que se fazem só para ser inauguradas. Findo o ato ficam entregues ao seu destino. Não há dinheiro para manutenção, degradam-se, depois arrasam-se, como se de um mal menor se tratasse.

Esta é a fotografia de quem vê a Fonte das Varinas.

Oxalá me engane no prognóstico. As obras que hoje estão em curso na nossa cidade vão ficar ao abandono passada a inauguração

 

Ovar, 27 de junho de 2012

Manuel Duarte

Deputado de freguesia do PCP