Estamos a chegar ao fim de mais uma época balnear.
O tempo passou e não foram resolvidos os problemas detetados no início da época, especialmente os relacionados com a regularização das areias e os meios para proporcionar as acessibilidades.
Ficaram as desculpas esfarrapadas do vereador responsável e as promessas de que para o ano tudo será resolvido.
A amostra de gastronomia do Furadouro, mais uma vez, soube a pouco. Vai sendo tempo de alargar os dias para, pelo menos, uma semana. Só assim se poderá chamar “feira de gastronomia”. Como está, um só fim de semana, não dá nem para tomar o cheiro.
Com o fim da época balnear, vai também o fim das férias. Férias para quem ainda as possa ter. A austeridade, que nos vão impondo, vai cortando a possibilidade para a maioria dos portugueses de terem férias. Com os cortes nos subsídios e o aumento nos impostos os trabalhadores e os reformados deixam mesmo de poder ter férias, mesmo fora de época, porque, do pouco que têm nas reformas, ainda têm que ajudar os filhos desempregados e sem subsídio de desemprego. Só poucos terão condições para continuar a ter férias.
O governo não consegue ideias para pôr o País a produzir e a desenvolver-se. Só tem ideias para miserabilizar os trabalhadores e os mais desfavorecidos.
Os ricos continuam a ser mais ricos.
O projeto de lei autárquica foi posto de lado. Ainda bem que imperou algum bom senso. Com um sistema de executivos monoculores, imperaria a lei do mais forte.
Precisamos de não esquecer os 48 anos de partido único. Ninguém ficou a ganhar. A diversidade de pensamento é que trás a clarificação. A diversidade é que faz rica a cultura.
A vida não é como um barco em que têm de remar todos para o mesmo lado.
O caminho faz-se de avanços e recuos.
A lei da reforma administrativa continua a dividir as populações. São mais as opiniões contra do que a favor.
Uma saída airosa para o governo é mesmo deixar cair a lei.
Assembleia de Freguesia de Ovar de 13/09/2012
Manuel Duarte, deputado do PCP