Cabo de electricidade caído na via pública

Não será a primeira nem a última vez que a CDU chama a atenção da Câmara Municipal da Ovar para a existência de dezenas de casas devolutas que mancham o casco histórico da cidade de Ovar, de onde cada vez mais as pessoas são empurradas para a periferia. Por nítida falta de políticas de habitação, verifica-se que ano após ano se degrada o centro da cidade ao mesmo tempo que nascem de forma desordenada prédios de habitação nos arrabaldes. A rua Alexandre Herculano, a rua José Falcão, a rua Padre Férrer e tantas outras, incluindo bairros tradicionais como seja o Lamarão, representam exemplos desta incúria política de quem gere a autarquia há já perto de duas décadas.

 

Miguel Viegas no local

Existe no entanto uma situação que, pela sua dimensão e gravidade, motivou mais esta intervenção da CDU através seu eleito na Assembleia Municipal. O caso prende-se com a rua Marechal Zagalo que bem poderia baptizar-se com o nome de Rua Ferreira de Castro 2, em homenagem ao autor do célebre romance mundialmente famoso “A Selva”. Como é visível nos registos fotográficos, a vegetação que cresce nas diversas casas devolutas existentes invade já a via pública. No seio desta densa e abundante vegetação, vive e reproduz-se toda uma fauna mais ou menos exótica que pede meças a qualquer episódio da série do National Geographic e que inclui desde cobras, lagartos, roedores e todo o tipo de insectos que acabam por invadir as casas circunvizinhas infernizando a vida dos seus moradores.

 

Deputado da CDU enviou já um requerimento à Assembleia Municipal

Durante uma visita ao local solicitada pelos moradores, Miguel Viegas teve oportunidade de confirmar as queixas às quais de juntam os maus cheiros provocados pela putrefacção de lixos que se acumulam no interior das ruínas e que contribuem decisivamente para caracterizar este problema como uma séria questão de saúde pública. Outra situação absolutamente insólita prende-se com um cabo de electricidade que, fruto da degradação do edifício onde estava preso, se encontra pendurado e à mão de qualquer pessoas que por ali passe, configurando igualmente um sério perigo para a população. No sentido de procurar contribuir para a resolução deste problema complexo, na medida em que se tratam de propriedades privadas, o eleito comunista entregou já na Assembleia Municipal um requerimento dirigido à Câmara alertando-o para esta situação e reclamando medidas urgentes que incluam a notificação dos proprietário no sentido de impor um prazo para a limpeza das habitações em causa, após o qual a Câmara deverá subsituir-se aos mesmos, de acordo com a legislação em vigor.

 

Pode consultar o requerimento aqui.