Actividade do PCP

Sebra-Ovar não pagou aos seus trabalhadoresTal como anunciámos recentemente, o deputado do PCP, Jorge Machado, apresentou esta semana um requerimento alertando o governo para a situação da Sebra, empresa situada em Albergaria-a-Velha e com uma fábrica em Ovar (Válega), onde se encontram por pagar salários de Dezembro.

 

A SEBRA - Indústria de Mobiliário, SA é uma empresa especializada na produção de mobiliário em kit. Existe há mais de 20 anos e emprega neste momento cerca de 250 trabalhadores nas duas unidades fabris situadas em Albergaria-a-Velha, junto à N.1 (a casa mãe) e em Ovar.

O requerimento para além de alertar o governo para a situação em concreto, designadamente para o drama dos salários em atraso, levanta a necessidade de serem criados apoios específicos a este segmento do mobiliário tão afectado pela entrada em Portugal da Ikea que recebeu milhões de euros de apoios directos através do Novo Prime.

 

Entretanto, uma delegação da Comissão Concelhia de Ovar do PCP, que desde a primeira hora tem estado nesta luta, encontrou-se esta semana com o piquete montado à porta da fábrica de Ovar criado para evitar a delapidação do património e salvaguardar assim os créditos dos trabalhadores.

 

Pode consultar o requerimento aqui.
Trabalhadores à porta da empresa

Os marcos históricos que marcam os limites geográficos das freguesias e do concelho representam um património de enorme valor e deveriam merecer da parte da autarquia um esforço para o seu levantamento e sua preservação.

No quadro de um trabalho de pesquisa levado a cabo pelo eleito da CDU na Junta de Freguesia de Ovar, Manuel Duarte, vários activistas, entre os quais Américo Rodrigues eleito na Assembleia de Freguesia de S. João, percorreram este fim de semana os limites da freguesia de S. João à procura dos marcos, parte dos quais em parte incerta.

 

Marco Ovar-Feira

A primeira paragem seria no lugar do Monte de S. Silvestre, em Cimo de Vila, mesmo na fronteira entre as freguesias de S. João (Ovar) e de S. Miguel de Souto (Feira). O marco histórico que delimita hoje os dois concelhos data do século XVII (segunda as actas de 1676). Ainda se encontra em bom estado apesar de escondido entre a vegetação. A referência a Ovar continua visível. Já a referência à Feira encontra-se tapada por um muro construído mesmo à face do marco do lado da freguesia de Souto.

 

Marco Ovar-Feira

Um segundo marco, referenciado na mesma acta e portanto com a mesma data de colocação motivou a segunda paragem da expedição, desta vez no limite entre as freguesias de S. João (em Guilhovai) e S. Vicente Pereira (o concelho de S.V. Pereira viria a ser extinto em meados do século XIX e posteriormente integrado no concelho de Ovar). Contrariamente ao primeiro, este marco encontra-se ao abandono, no meio de uma lixeira e completamente tapado por vegetação. Situado num antigo caminho que ligava as duas povoações, mas que por qualquer motivo caiu em desuso, o marco acabou por cair no esquecimento, situado que está a uns bons duzentos metros da estrada principal.

 

Marco Ovar - S. V. PereiraA CDU tem ao longo deste mandato contribuído por diversas vezes para a recuperação e valorização de diversos elementos patrimoniais que são partes imprescindíveis da identidade do Concelho e das suas gentes. Nesta medida os eleitos da CDU continuarão o seu trabalho de levantamento de situações como esta tentando sensibilizar a autarquia para esta questão. O levantamento de todos os marcos históricos que delimitam as freguesias e o concelho, a sua tipificação e preservação deveriam representar uma prioridade da Câmara Municipal. A CDU está pronta para participar deste esforço.

Jantar reuniu dezenas de militantes e simpatizantes

Tal como tinha sido anunciado, realizou-se este sábado um jantar comemorativo dos 88 anos de vida do Partido Comunista Português, que reuniu largas dezenas de militantes e simpatizantes, num ambiente de grande determinação e confiança. Contrariamente ao que tinha sido anunciado, a intervenção política de fundo acabou por ser proferida não por Alexandre Araújo, do Secretariado do Comité Central do Partido, mas pelo camarada Carlos Gonçalves da Comissão Política que coordena desde o início do ano a Organização Regional de Aveiro do PCP.

 

Findo o repasto, e após uma calorosa saudação a todos as mulheres presentes com uma oferta de cravos vermelhos, Miguel Viegas, da Comissão Concelhia, saudou a presença do novo coordenador regional, reafirmando o empenho e a firme vontade dos comunistas de Ovar em continuar a luta pelo reforço do PCP como condição fundamental para uma efectiva ruptura com este quadro política responsável pela actual crise económica e social.

Jantar reuniu dezenas de militantes e simpatizantes

Na intervenção de fundo, Carlos Gonçalves evocando 88 anos de luta caracterizou em traços largos a identidade deste Partido e a razão da sua existência: um Partido de classe, profundamente ligado ao mundo do trabalho, que honra o seu passado com os olhos postos no futuro. Se hoje sabemos alguma coisa é que o capitalismo não é o fim da história. Passados quase 20 anos sobre a queda do muro de Berlim, aí temos um mundo mais desigual, com mais pobreza mais guerra e sofrimento. Contra a barbárie do capitalismo, o socialismo afirma-se com a alternativa possível e necessária. O PCP afirma-se portador desta alternativa cuja viabilidade está hoje - como sempre esteve - nas mãos dos trabalhadores.

Num ano particularmente exigente para o colectivo de activistas do PCP e da CDU, importa desde já avançar para a batalha do esclarecimento, procurando furar o bloqueio comunicacional protagonizado pelos grandes órgãos de comunicação social. Milhares e milhares de trabalhadores estão hoje a ser contactos nas empresas através da campanha nacional “Sim É Possível Uma Vida Melhor!”. Muitos outros milhares de homens e mulheres continuarão a ser abordados nos próximos meses num apelo ao voto consciente num verdadeiro projecto de ruptura ao serviço dos trabalhadores e do povo.

A SEBRA - Indústria de Mobiliário, SA é uma empresa especializada na produção de mobiliário em kit. Existe há mais de 20 anos e emprega neste momento cerca de 250 trabalhadores nas duas unidades fabris situadas em Albergaria-à-Velha, junto à N1 (a casa mãe) e em Ovar.

Contra todas as expectativas daqueles que tanto deram a ganhar à empresa ao longo de décadas, na esmagadora maioria a troco de salários de miséria, a empresa ainda não pagou os salários de Dezembro aos trabalhadores da Fábrica de Ovar e continua com salários atrasados na fábrica de Albergaria-a-Velha. Depois de sucessivas promessas não cumpridas os 39 trabalhadores da fábrica de Ovar não tiveram outra opção senão suspenderem os seus contratos de trabalho recorrendo ao subsídio de desemprego para poderem sobreviver.

Trabalhadores em luta pelos seus salários

Perante a retaliação do patronato que já pediu a insolvência da empresa, e num momento em que os trabalhadores procuram evitar qualquer tentativa de delapidação do património da empresa, garantindo assim os créditos em dívida, a Comissão Concelhia de PCP, que tem apoiado esta luta desde a primeira hora, vem através desta nota manifestar a sua solidariedade ao trabalhadores da Sebra-Ovar. Já na próxima semana dará entrada na Assembleia da República um requerimento pela mão do deputado Jorge Machado, alertando o governo sobre este caso, e questionando a existência de apoios específicos a este segmento específico do mobiliário tão afectado pela entrada em Portugal da Ikea que recebeu milhões de euros de apoios directos através do Novo Prime.

 

Finalmente, num quadro de agudização da crise económica que fustiga mais uma vez os mesmos de sempre, a Comissão Concelhia de Ovar do PCP apela a todos os trabalhadores, empregados e desempregados para uma massiva participação na grande manifestação do próximo dia 13 (Sexta-feira) convocada pela CGTP e na qual está já garantida uma expressiva presença do concelho de Ovar, entre os quais marcarão presenta a totalidade dos trabalhadores em luta da Sebra-Ovar.

Neste dossier é possível consultar as posições políticas e actividade do PCP, seja pela sua Organização Concelhia, no Parlamento ou mesmo no Parlamento Europeu, relativamente à situação da Yazaki Saltano nos últimos anos.


PCP solidário com trabalhadores da Yazaki Saltano
21 Maio 2006
Pressões sobre trabalhadores da emprea continuam.
Ataque à organização sindical.
Apelo à união dos trabalhadores.

PCP com trabalhadores da Yazaki Saltano

12 Julho 2006
Funcionários sancionados pela administração.
Intervenção da Inspecção do Trabalho.
Denúncia de ataque contra movimento sindical.


fotoIlda Figueiredo na Yazaki Saltano de Ovar

29 Setembro 2006
Deputada do PCP contacta trabalhadores.
Apreensão dos trabalhadores quanto ao futuro dos postos de trabalho.
Ilda Figueiredo fará nova interpelação no Parlamento Europeu.

fotoBoletim Yazaki - Março 2008
08 Março 2008
Ameaça de despedimentos continua
"A democracia não se constitui para ficar à porta da empresa"
Marcha Liberdade e Democracia

fotoBoletim Yazaki - Junho de 2008
07 Junho 2008
Despedimentos "cirúrgicos" de representantes sindicais.
Moção de Censura do PCP.
Evolução salarial nos últimos anos.

logoPCP solidário com os trabalhadores da Aerosoles e da Yazaki
23 Junho 2008
PCP atento à situação laboral na Aerosoles.
Pela defesa do aparelho produtivo nacional.
Apelo à jornada de luta da CGTP.

fotoPCP/Ovar contra despedimentos na Yazaki
28 Julho 2008
Yazaki acaba por admitir despedimentos.
PCP lembra apoios dados à empresa.
Apelo à luta firme dos trabalhadores.

fotoPCP questiona Governo sobre os despedimentos na Yazaki Saltano
11 Agosto 2008
Deputado Bernardino Soares coloca questão no Parlamento.
Denúncia dos milhões de ajudas dados à empresa.
PCP ressalta importância da unidade dos trabalhadores.

fotoDeputado Jorge Machado presente na Yazaki de Ovar
03 Setembro 2008
Jorge Machado distribui comunicado à porta da empresa.
Ilda Figueiredo intervém no Parlamento Europeu.
Propostas do PCP contra a deslocalização chumbadas no PE.

Bruno Dias, deputado do PCPDeputado Bruno Dias em contacto com os trabalhadores da Yazaki
01 Novembro 2008
Bruno Dias transmite convicção de que com a luta é possível derrotar estas políticas.
PCP rejeita responsabilidade dos trabalhadores na actual crise.
PCP aponta passividade do Governo e da Autarquia.

88 anos do Partido Comunista Português

Como habitualmente acontece neste período do ano, a Organização Concelhia de Ovar do PCP organiza no próximo sábado dia 7 de Março um jantar comemorativo dos 88 anos do Partido Comunista Português, fundado em Lisboa a 6 de Março de 1921.

 

O jantar irá decorrer no restaurante “Gaivota” no Furadouro e contará com a participação de Alexandre Araújo, membro do Secretariado do Comité Central do PCP.

 

Como habitualmente, são esperados para este jantar, para além de militantes, muitos amigos simpatizantes do PCP que têm ao longo dos anos contribuído para o alargamento da base de apoio ao PCP e com os quais conta para a construção deste amplo espaço de participação política e cívica que é a CDU.

Jorge Machado com trabalhadores da Aerosoles

Num momento de enorme angústia por parte dos trabalhadores da Aerosoles, mas também de expectativas tendo em conta as hesitações, avanços e recuos por parte dos decisores deste processo (Governo e Administração do Grupo Investvar), o PCP, através do seu deputado na Assembleia da República, Jorge Machado, fez questão de na passada sexta-feira mais uma vez dar provas do seu apoio total à luta dos trabalhadores pela defesa do emprego e da produção nacional.

 

Num momento em que, de forma totalmente inaceitável, de colocam mais uma vez em causa os salários dos trabalhadores, o PCP, pela voz de Jorge Machado e dos dirigentes que o acompanhavam não se cansou de incentivar os trabalhadores a manterem-se firmes perante as ameaças, a chantagem e a mais completa falta de vergonha.

Comunistas estiveram à porta da empresa

Como é público, o Estado Português, através dos fundos públicos de capitais de risco Aicep Capital Global e Inov Capital, é neste momento o maior accionista do grupo com uma participação de 48,46% do capital social. Cabe portanto ao Governo e a mais ninguém preservar esta empresa e a totalidade dos postos de trabalho. Uma empresa viável, como uma carteira de encomendas invejável e detentora de uma marca prestigiada para a qual contribuíram todos os trabalhadores ao longo de várias décadas.

 

Depois de devidamente informado, Jorge Machado irá de seguida apresentar na Assembleia da República um terceiro requerimento exigindo ao governo uma tomada de posição sobre o relatório da consultora Roland Berger que advoga a deslocalização da produção da Aerosoles para a Índia. Está igualmente em preparação uma interpelação ao Ministro da Economia sobre esta matéria do qual se espera uma decisão consentânea com o discurso do governo que tem reafirmado que tudo fará para defender o emprego.

Postes desprumados há já algum tempo

Respondendo a um alerta dos moradores, a CDU esteve este fim-de-semana na Rua Agostinho da Silva, situada na Habitovar, onde verificou que grande parte dos postes de iluminação pública se encontram desaprumados, provavelmente devido a uma cedência do terreno onde estão implantados.

 

O facto é que esta situação, se nada for feito, poderá colocar em risco os anexos dos prédios da Rua Adriano Correia de Oliveira que ficam precisamente abaixo da citada rua. Num requerimento dirigido à Câmara Municipal, José Sona, eleito da CDU na Assembleia de Freguesia de Ovar, chama a atenção para a falta de vigor dos referidos postes, sugerindo uma intervenção rápida nas situações mais graves assim como uma rigorosa avaliação dos restantes, tendo em conta a inclinação do terreno que poderá propiciar outros casos idênticos.

 

Pode consultar do requerimento aqui (pdf, 41KB).

Ilda Figueiredo na Yazaki Saltano - Dezembro '08

Na sequência da gigantesca operação de propaganda eleitoral a que a população vareira assistiu este fim-de-semana, com a visita do primeiro ministro, José Sócrates, ao distrito e ao concelho de Ovar, a Comissão Concelhia de Ovar do PCP sublinha a total ausência de resposta do governo perante a situação da Aerosoles.

 

No momento em que é conhecido o resultado final do relatório encomendado à consultora Roland Berger com vista à recuperação económica do grupo Investvar, detentor da marca Aerosoles, impunha-se saber qual a posição do Governo. É bom não esquecer que o Estado Português, através dos fundos públicos de capitais de risco Aicep Capital Global e Inov Capital, é neste momento o maior accionista do grupo com uma participação de 48,46% do capital social.

Perante um relatório miserável que se limita a recomendar a injecção de mais 20 milhões de euros e a deslocalização de toda a produção para a Índia com o despedimento de mais 200 trabalhadores, o PCP não pode deixar de questionar a utilidade deste documento, pago naturalmente a peso de ouro, mas do qual seriam de esperar verdadeiras soluções para viabilidade da empresa e dos seus postos de trabalho e não a mera leitura dos balanços e relatórios de contas. Por outro lado, não se compreende o silêncio comprometido do governo PS e designadamente do seu Primeiro-Ministro, que no discurso diz pretender defender os postos de trabalho, mas que na prática é conivente com esta situação que visa lançar para o desemprego mais duas centenas de trabalhadores. Situação agravada pela posição determinante que o govreno ocupa no capital social desta empresa.

 

A Comissão Concelhia de Ovar do PCP apela desta forma a todos os responsáveis políticos, designadamente ao Partido Socialista e ao Governo, para a necessidade do governo assumir de uma vez por todas as suas responsabilidades. O Governo tem neste caso uma oportunidade de passar das palavras aos actos. Se está efectivamente empenhado na defesa dos postos de trabalho, então que faça valer a sua posição de accionista maioritário e "rasgue" este relatório substituindo-o por uma verdadeira estratégia de recuperação da empresa, defendendo o emprego e o aparelho produtivo nacional. A Comissão Concelhia de Ovar do PCP apela igualmente aos dirigentes locais do Partido Socialista e, designadamente ao Presidente da Câmara de Ovar - do qual não se ouviu até aqui uma única palavra sobre este assunto - para que façam chegar ao Governo as suas preocupações relativamente a esta situação. Pela parte do PCP, tudo faremos na defesa dos interesses dos trabalhadores e do País.

José CostaSão muitas e diversas as intervenções da CDU acerca do Sargaçal (freguesia de Válega, concelho de Ovar). O Sargaçal representa como a CDU tem afirmado ao longo dos anos, um exemplo flagrante de falta de capacidade de planeamento urbano desta Câmara Municipal. Situado numa zona semi-rural, os prédios do Sargaçal foram nascendo de forma desarticulada, sem qualquer estratégia de urbanização que garantisse um mínimo de qualidade de vida aos seus moradores.

A CDU sempre considerou como positiva a criação de uma nova zona de consolidação urbana que desse condições, designadamente aos mais jovens para adquirir casa. O Sargaçal, pelo espaço envolvente, mas também pela proximidade com o Centro de Ovar, acabaram por atrair centenas de novos moradores que, alguns a residirem ali há mais de 10 anos, clamam hoje muito justamente por um conjunto de equipamentos que a Câmara há muito deveria ter construído. Não existe um parque infantil, os arruamentos estão uma desgraça, os passeios ou não existem ou estão parcialmente destruídos.

 

Infraestruturas no Sargaçal têm sido esquecidas

Entretanto, depois de anos a fio com promessas sistematicamente adiadas, foi finalmente construída a ligação do saneamento ao colector do SIMRIA que passa ao longo da estrada inter-municipal Ovar-Pardilhó. Perante esta importante obra reinvindicada há muito pela CDU e pelos moradores do Sargaçal, José Costa irá levantar em sede de Assembleia Municipal duas questões da maior importância relativamente a esta matéria:

 

1) Em primeiro lugar a CDU gostaria de saber se foi feita alguma avaliação do estado da rede de saneamento do Sargaçal. A rede, construída há cerca de 20 anos, nunca foi utilizada, pelo que o seu estado de conservação deve inspirar alguns receios e implicar uma mais que provável intervenção de recuperação.

2) Em segundo lugar, José Costa irá desafiar a Câmara a aceitar uma sugestão da CDU feita há muito a propósito das taxas de ligação à rede cobradas aos munícipes. É sabido que a Câmara, mais uma vez a reboque das propostas da CDU, concedeu um período de redução do custo de ligação ao saneamento e à rede de distribuição de água que decorreu nos últimos meses de 2008. Nesta altura a CDU sugeriu que este período de redução em 50% dos custos de ligação fosse extensível a todas as localidades onde fosse instalada a rede de saneamento, por um período de 6 meses, introduzindo desta forma uma medida da mais elementar justiça.

 

Desta forma a CDU desafia a Câmara de Ovar a aplicar esta redução na taxa de ligação à rede de saneamento a todos os moradores do Sargaçal, a partir do momento em que a rede se encontrar operacional, dando ao fim ao cabo as mesmas condições que outros beneficiaram durante o último período de redução.

Comunistas de Ovar reuniram em plenário

Decorreu no passado Sábado dia 7 de Fevereiro um plenário da Organização Concelhia de Ovar do PCP destinado a analisar o balanço da organização relativo ao ano 2008, a debater a situação política e social e finalmente a aprovar o programa de actividades para o ano em curso.

A actual crise económica, que é real, muito embora sirva igualmente de pretexto para muitas empresas aumentarem as taxas de exploração dos trabalhadores, foi naturalmente o tema dominante da discussão. Uma crise que não tem precedentes na história recente quer pela sua duração, quer pela sua dimensão. Mas uma crise que não decorre de uma qualquer conjuntura passageira, ou de qualquer excesso do sistema susceptível de ser corrigido através de uma suposta regulação. Esta crise é, segundo os comunistas, estrutural, e resulta das contradições intrínsecas do sistema capitalista assente na concentração da riqueza nas mãos de alguns à custa da exploração da maioria. O rebentamento de sucessivas bolhas especulativas reflecte assim o esgotamento do crédito que até aqui vinha compensando a perda contínua do poder aquisitivo dos salários dos trabalhadores.

 

Medidas do PCP de resposta à crise

Só com uma profunda ruptura com a política de direita levada a cabo pelo governo PS será possível inverter a crise que tem levado ao despedimento de milhares de trabalhadores no concelho de Ovar e no resto do país. O PCP tem um vasto conjunto de propostas que foram ainda recentemente apresentadas ao povo português nas conclusões da última reunião do Comité Central do PCP. Procurando contrariar a habitual censura por parte dos grandes órgãos de comunicação social, dezenas de militantes e activistas do PCP estarão na rua durante as próximas semanas esclarecendo e mobilizando os trabalhadores através da campanha nacional "Sim é possível viver melhor!". Terminando a discussão da situação política e social, os plenário decidiu manifestar publicamente a sua total solidariedade e empenho com todos os trabalhadores do concelho vítimas de despedimentos, ou com vencimentos em atraso, com particular destaque para os casos da Aerosoles, da Phillips, da Lusotufo, da Cortebel, da Sebra-ovar, do Centro de Promoção Social (que continuam com metade do subsídio de Natal em atraso), da Toyota , do F. Ramada ou ainda  da Krishov.

 

Mesa do plenário

Quanto ao plano de actividades para 2009, e tendo em conta o grau de exigência das tarefas que se avizinham onde pontuam os três actos eleitorais marcados para o ano em curso, o Colectivo de Ovar do PCP reitera a importância do reforço e alargamento da CDU como espaço privilegiado para onde se espera que convirjam todos aqueles que, não se conformando com a actual situação do país e do concelho, se mostrem disponíveis para uma efectiva viragem à esquerda do panorama político português. Neste quadro encontra-se já em preparação uma grande iniciativa da CDU marcada para o mês de Abril na qual serão anunciados os cabeças de lista da CDU à Câmara e Assembleia Municipal de Ovar. Até lá prossegue a batalha pelo esclarecimento, contra o desânimo e o fatalismo, demonstrando que a alternativa existe e passa necessariamente por uma alteração da correlação de forças favorável à CDU seja no parlamento europeu, seja na Assembleia da República seja nas autarquias locais.